20 maio, 2010

O design, a moda e a identidade pelas ruas

Na edição de ontem do Design Mais - projeto da Escola de Design da Unisinos que realiza palestras periódicas - o tema foi Design e Identidade: a moda como geradora de tendências e, para falar sobre isso, Julieta Puhl e Laureano Mon vieram diretamente da Argentina apresentar o seu Por la Calle.


A idéia desse projeto começou com uma percepção do par no ano de 2001, quando a Argentina enfrentava sua maior crise econômica. Naquele momento os argentinos procuraram por diferentes formas de sobreviver, buscavam por novas formas de expressão e começaram a gerar uma movimentação na cultura local. Havia a necessidade de dar uma “cara” para a Argentina.

“tuvo lugar el inicio de un cambio en las relaciones entre las personas y la percepción de los objetos que las rodeaban”

Então, Julieta e Laureano pensaram em fazer um mapa do design Argentino, de forma a descobrir qual era a identidade do país.

¿Qué rasgos geográficos influyen em nuestra creatividad?

O mapa de diseño argentino contou com 3 anos de pesquisa e reconhecimento de regiões argentinas e seus profissionais, reconhecimento fotográfico e DUZENTAS entrevistas em profundidade com designers. Nunca tive conhecimento de uma pesquisa qualitativa com tanta profundidade.

Ao final do mapeamento, os pesquisadores comprovaram que a Argentina tem sim sua identidade e gera tendências.

Mapa de Diseño Argentino / X La Calle from Hache on Vimeo.

Mas a pesquisa não terminou, ela agregou outras funções e continua agora sob outro nome: Por La Calle. É como uma segunda fase, para descobrir novos designers e revisitar os já conhecidos procurando por mudanças em seu trabalho. O Por La Calle também faz circuitos di diseño, que são pontos de encontro, com mostras das principais criações dos estilistas locais.

Por la Calle, circuitos de diseño from Hache on Vimeo.

Mais do que mostrar o projeto, Julieta e Laureano bateram no ponto de que a identidade é valor agregado. Segundo eles, o trabalho é 75% design próprio e 25% tendências.

Isso pode parecer simples ou óbvio para qualquer pessoa que pense em conceito de marca ou moda, mas sinceramente, quantas marcas você conhece que sabem direitinho qual é sua essência, suas principais características? Como se espera que uma marca que não se conhece possa conhecer (e até lidar) com o consumidor?

O posicionamento adequado frente a essa identidade é o que agrega valor para a marca junto ao público. Indico, para quem quiser compreender um pouco mais sobre isso, passar no blog da Juliana Laguna e também a olhar a apresentação que eu coloquei abaixo, na qual ela expõe alguns conceitos e exemplos de Vantagem Competitiva e Identidade de marca.

Por fim, a palestra de ontem foi, acima de tudo, uma provocação. E nós, temos identidade?

17 maio, 2010

Agent of Chaos

Mais ou menos um mês depois de ter entrado no Planejamento da DCS, o Giba perguntou para mim e para a outra estagiária (ambas estudantes de jornalismo na primeira experiência em agência) se nós já tínhamos uma idéia do que era Planejamento até aquele momento.

Na época (julho de 2008) o filme Batman – The Dark Knight tinha acabado de estrear nos cinemas e eu estava com uma frase do Coringa na cabeça: “I am na agent of chaos”. E eu queria ser um pouco como ele, uma agente do caos. Eu não queria ficar parada, eu queria dar minhas ideias, falar besteira de vez em quando, eu queria pensar, sugerir coisas diferentes, não só como futura planejadora, mas como pessoa.

E do pouco que eu já tinha ouvido falar sobre Planejamento naquele mês - a função de repensar conceitos e estratégias, provocar e jamais deixar de perguntar - eu construí essa visão ingênua do que era Planejamento para mim até aquele ponto: ser um agente do caos.

Tempos depois este texto foi postado no blog Estalo e aquela minha idéia não pareceu mais tão ingênua.

E desse post eu extrai alguns trechos e fiz essa apresentação tosquinha, imprimi e colei na parede, bem na minha frente, para não esquecer.


Mesmo agora, quase dois anos depois, acho que aquela minha relação ingênua foi o melhor insight que eu já tive como planejadora. E eu ainda acredito nisso, não quero deixar de ser o Coringa. Não precisamos ser tão sérios.

11 maio, 2010

Solarigraphics

Solarigrafia (solarigraphy / solargraphy) é um tipo de fotografia que capta as nuances do sol no decorrer do dia. São fotografias feitas com câmeras pinhole e longas exposições, capazes de registrar os "caminhos" do sol.

Descobri hoje que existe um projeto de PhD. chamado The Global Art Project of Pinhole Solargraphy, de um estudante de Helsinki, cujo objetivo é fazer um mapa do mundo com essas fotos.

Qualquer um pode participar, é preciso somente ter uma câmera pinhole, posicioná-la em direção ao sol e, após a exposição, cobrir a abertura com fita tape preta e enviá-la ao criador do projeto acompanhada de alguns dados (tempo de exposição, lugar, país, nome do fotógrafo e-mail de contato).

No site do projeto estão detalhados todos os materiais necessário e alguns links para quem quer se aprofundar no assunto.

Aqui no Brasil só há duas fotos partipando, ambas de São Bernardo do Campo.



Eu perdi a chance de fazer uma pinhole na faculdade, em uma aula que eu "matei" no ano passado. Pretendo me redimir agora.

E aqui vai um link com todos os passos bem explicadinhos para a confecção de uma pinhole em casa. E outro, para confecção de pinhole com caixa de fósforo.