15 agosto, 2010

Sobre o que é estranho

Toda a semana eu tenho uma “postagem fixa” no Twitter. Está entre aspas porque o meu comentário é quase sempre o mesmo, o que muda é o link. Costuma ser na segunda-feira, ou domingo (às vezes eles mudam), porque é o dia em que o Hel Looks faz 5 ou 6 postagens com os looks de pessoas que circulam pelas ruas de Helsinki. E eu preciso declarar o meu amor pelas pessoas de Helsinki.

E daí você vai pensar “Grande merda, é só mais um blog de street style”.
Te provarei que não.

Várias vezes, aqui no blog mesmo, eu deixei transbordar a minha paixão pelas pessoas de Helsinki, ou por esse blog específico, o que você preferir. E é fato que hoje qualquer um com rede elétrica e uma máquina fotográfica pode fazer um blog de “moda”, mas e o tal do estilo, como é que faz?


Eu acho que é isso que tanto me encanta nessas pessoas, é o tal do estilo próprio, aquele que desapareceu. Não conheço Helsinki, infelizmente. Não sei se o jeito de se vestir dessas pessoas é normal por lá. Mas eu sei que em um cantinho de Porto Alegre elas são fascinantes. Seja usando o must have da semana em uma composição bizarra, ou uma roupa que mais parece a que sua avó usava pra limpar a casa. Meio hype por ser meio jeca, algo assim.


Chega a ser estranho. Com certeza é diferente. Mas mais que diferente, é único. E impossível de copiar (como se vê pelos lookbooks do mundo), porque é algo próprio que se deixa mostrar pela roupa.

Vale a inspiração semanal.


Quando comecei a pensar neste post, logo lembrei das palavras do Walter Rodrigues no Fórum de Inspirações do ano passado:

"E agora vocês entendem que as pessoas estranhas são importantes para a moda? Elas são importantes porque só de olhar para elas nós já levantamos questionamentos. E questionamentos são importantes em qualquer atividade criativa."

E chegando no final do post também passou pela minha cabeça que o jeca de hoje pode ser o hipster de amanhã.


A ilustração do Hipster Fashion Cycle veio daqui.
Todas as fotos são do Hel Looks.

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