25 agosto, 2008

A coleira

Sábado teve Luluzinha Camp em São Paulo, meu primeiro blog camp.

Saí de Porto Alegre com a Luci recém-nascida-blogueira e a planejadora-desde-criancinha debaixo do braço para ver qual é que era a do evento.

A Luci blogueira esperava descobrir um pouco mais sobre domínios próprios, templates, mídias sociais e web 2.0.

foto by violinha

A Planejadora queria observar o comportamento feminino, a nova geração de luluzinhas e o seu valor antropológico.

foto by samegui


A conclusão? A blogueira saiu um pouco decepcionada. A planejadora aprendeu horrores.


Descobri que eu sei sim, e muito, sobre mídias sociais e o caralho a quatro, mas essa assunto é tão dinâmico e volátil que nunca, nunquinha, alguém vai poder estar a par de tudo, nem mesmo aqueles que trabalham com isso 24 horas por dia.

Descobri que o ego também faz parte desse mundo. E por que não faria? É, isso foi ingenuidade minha. Era uma questão óbvia, afinal.

Mulheres reunidas, apesar de organizarem tudo impecavelmente, ainda sofrem das dispersões características de nossa tão adorada natureza. Não, nunca vamos conseguir ser tão objetivas quanto os homens. Nos dispersamos mais facilmente. E não existe nada de errado nisso.

Descobri que o grande objeto de desejo feminino pode variar. Mas, no final, resume-se àquilo que a gente sabe desde o princípio. Propagação da espécie? Sim, mas eu prefiro chamar de homem. E com coleira.

Homens de coleira realmente animam. E dispersam.

Quem sabe os homens de coleira serviram para lembrar que os blogs e os twitters servem justamente para isso: fugir das coleiras. Agora a gente faz o que bem entender.

Mas talvez não seja bem assim... Isso porque os homens de coleira deixaram todo mundo encoleirado no pátio, o assunto fugiu [para não dizer que transformou-se em algo completamente inexistente] e daí eu descobri que eu também queria uma parte daqueles homens de coleira.

foto by Mary Jo Zilveti

No final, o Luluzinha Camp foi muito mais do que um encontro de blogueiras no qual eu ia aprender um pouco mais sobre as mídias sociais e o comportamento feminino. Eu fui muito mais do que observadora, eu era parte do meu estudo e descobri que eu não sou tão diferente dessas mulheres de 16, 30, 40 anos. A gente pode falar sobre assuntos diferentes, a gente pode ter diferentes objetos de desejo... Mas, no final todas nós queremos a mesma coisa, só a embalagem que muda.

Estamos sempre querendo sair e entrar na coleira.


Conseiderações finais: parabéns para as organizadoras, parabéns para todas as participantes, parabéns para o deus de ébano na entrada, parabéns para os homens de coleira e suas taças de champagne, parabéns para as meninas das dores e suas peças únicas, parabéns para as cozinheiras e provedoras do alimento gostoso, parabéns para os blogs e twitters.
Só tenho uma certeza: eu quero mais.

foto by e-Beth

Minhas fotos serão compartilhadas em breve, eu só preciso de mais tempo.
O meu people project de objetos de desejos vai ir para o You Tube, mas vai demorar bem mais que as fotos.

9 comentários:

  1. demais esse post, tava inspirada hein !?!

    e eu quero fazer um update da minha contribuição pro seu project, fui comportada d+ em revelar um dos menores objetos de desejo... rs

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  2. luci, avise quando fotos+vídeo entrarem no ar? :) bjo

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  3. e-mail da lidi: faria.lidiane@gmail.com

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  4. brigadinho!
    mas eu jamais seria capaz de escrever o post se nãofosse por todas as pessoas que estiveram lá.

    e qdo as fotos e vídeo ficarem prontos eu avisarei o grupo!

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  5. preciso muito ir num blog camp contigo. =)
    adorei o post bitch. =)

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  6. Depois fiquei pensando que meu objeto de desejo não é nada material, como um apartamento. Mas certas coisas a gente ainda não revela tão facilmente.
    Também esperava mais debates e trocas de experiências. Percebi o tal ego também...
    Bem-vinda à lista de novas amigas.
    beijo, menina

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  7. Não creio que a falta de objetividade seja uma característica feminina - muito ao contrário. Dos blogcamps de que já participei, este foi o que rendeu o maior número de discussões interessantes. O grande problema é que, com tanta gente bacana e tantos papos interessantes em andamento, quer-se participar de tudo - e isso aconteceria independentemente de ser um evento feminino, masculino ou misto.

    Ah, adorei a divulgação do seriado e tal (não achei que dispersou nada, não, o evento estava programado para ir até as 17 horas e os meninos chegaram já no fim) mas, certamente, os meus objetos de desejo vão MUITO além de homens encoleirados.

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  8. mas é justamente essa a questão, nossos objetivos vão muito além de qualquer coisa que a gente possa imaginar.
    e o tempo, as palavras que a gente teve naquele dia, nunca seriam capazes de expressar tudo que a gente tem a dizer.

    para mim as mulheres são sim muito mais dispersas que os homens, mas também não sei se isso não é porque eu tenho muito mais amigos homens do que garotas e eu ache muito mais fácil de me relacionara com eles [talvez sejam só os homens com os quais eu convivo que são assim]. opinião...

    e os homens encoleirados, aqui, nas minhas palavras, são só uma metáfora. é preciso ir além do plano físico.

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