Enviada via Google Reader pelo Macki.
Maravilhosa.
30 maio, 2008
Morning Dew
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Luci Cobalchini
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22:54
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28 maio, 2008
WTF?
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Luci Cobalchini
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21:43
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26 maio, 2008
SEE IT FOR YOURSELF
Não tem muito o que comentar.
Aprendam a fazer origamis genitais com o Dick Tricks.
Aprendam a fazer origamis genitais com o Dick Tricks.
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Luci Cobalchini
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23:48
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KINDASICK, BUT I LIKE IT!
Descobri hoje o fantástico trabalho do fotógrafo norte-americano Joshua Hoffine.
Nesse ensaio ele retrata as melhores [ou piores] fobias e pesadelos infantis de uma forma absolutamente impecável.
Direção de arte e foto perfeitas.
Dá vontade de entrar nas fotos e reviver todos os pesadelos.
Nesse ensaio ele retrata as melhores [ou piores] fobias e pesadelos infantis de uma forma absolutamente impecável.
Direção de arte e foto perfeitas.
Dá vontade de entrar nas fotos e reviver todos os pesadelos.
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Luci Cobalchini
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15:48
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25 maio, 2008
FILOSOFIAS SOBRE A EXISTÊNCIA
NO BOTECO.
"Dizer que tu ama alguém com 17 anos é fácil, nessa idade a gente ama tudo. A gente nem sabe o que é o amor. Difícil é dizer isso depois dos 23.
Tu já disse?
Eu já. E foi verdadeiro. Não sei se um dia vou ter a oportunidade de falar de novo."
Coincidência ou não, depois de ler que "What's love?" foi a pergunta mais digitada do mundo, segundo dados do Google Zeitgeist (hotsite que compila os principais ratings que circularam em 2007 a partir desta ferramenta de busca), o assunto, de certa forma, pontuou todas as conversas de boteco que tive desde então. Essa conversa aí aconteceu antes, um prefácio, talvez.
De qualquer forma, se eu tivesse que responder, usaria a música do Acid House Kings.
Will you love me in the morning?
When it’s far too early
And you hate the place and work
You have to go to at nine
Will you love me in the morning?
When the coffee’s cold, the paper’s late
The rain keeps pouring for the third day straight
Will you love me in the morning?
When it’s hard to make things work out
When it’s so hard make things work out
He says “May love be”
She says “We’ll see”
He says “May love be”
We can go far
Yes, we can go far
Will you love me in the morning
When we’ve had a fight and I
Have told you things you know I never really meant
Will you love me in the morning
When you’ve been awake since three
And there’s no hope in making up the lack of sleep
Will you love me in the morning
When it’s hard to make things work out
When it’s so hard make things work out
He says “May love be”
She says “We’ll see”
He says “May love be”
We can go far
Yeah, we can go far
Make it easy on me
I make it easy on you
Make it easy on me
I make it easy on you
He says “May love be”
She says “We’ll see”
He says “May love be”
We can go far
Yeah, we can go far
Se eu acordar de manhã, com café frio, tendo que ir trabalhar cedo e entregar uma penca de trabalhos, depois de 3 dias seguidos de chuva, tendo brigado na noite anterior e dormido bem pouco e, mesmo assim, um sorriso escapar no canto da boca quando eu olhar para o lado, daí sim, eu digo.
"Dizer que tu ama alguém com 17 anos é fácil, nessa idade a gente ama tudo. A gente nem sabe o que é o amor. Difícil é dizer isso depois dos 23.
Tu já disse?
Eu já. E foi verdadeiro. Não sei se um dia vou ter a oportunidade de falar de novo."
Coincidência ou não, depois de ler que "What's love?" foi a pergunta mais digitada do mundo, segundo dados do Google Zeitgeist (hotsite que compila os principais ratings que circularam em 2007 a partir desta ferramenta de busca), o assunto, de certa forma, pontuou todas as conversas de boteco que tive desde então. Essa conversa aí aconteceu antes, um prefácio, talvez.
De qualquer forma, se eu tivesse que responder, usaria a música do Acid House Kings.
Will you love me in the morning?
When it’s far too early
And you hate the place and work
You have to go to at nine
Will you love me in the morning?
When the coffee’s cold, the paper’s late
The rain keeps pouring for the third day straight
Will you love me in the morning?
When it’s hard to make things work out
When it’s so hard make things work out
He says “May love be”
She says “We’ll see”
He says “May love be”
We can go far
Yes, we can go far
Will you love me in the morning
When we’ve had a fight and I
Have told you things you know I never really meant
Will you love me in the morning
When you’ve been awake since three
And there’s no hope in making up the lack of sleep
Will you love me in the morning
When it’s hard to make things work out
When it’s so hard make things work out
He says “May love be”
She says “We’ll see”
He says “May love be”
We can go far
Yeah, we can go far
Make it easy on me
I make it easy on you
Make it easy on me
I make it easy on you
He says “May love be”
She says “We’ll see”
He says “May love be”
We can go far
Yeah, we can go far
Se eu acordar de manhã, com café frio, tendo que ir trabalhar cedo e entregar uma penca de trabalhos, depois de 3 dias seguidos de chuva, tendo brigado na noite anterior e dormido bem pouco e, mesmo assim, um sorriso escapar no canto da boca quando eu olhar para o lado, daí sim, eu digo.
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Luci Cobalchini
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02:35
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22 maio, 2008
HÁ! HÁ! HÁ!
Existe um motivo para contratar revisores.
E também existe um motivo pelo qual os revisores são pagos.
Não sei qual dois dois motivos foi o problema dessa peça.
Só sei que erros assim me irritam muito.
E também existe um motivo pelo qual os revisores são pagos.
Não sei qual dois dois motivos foi o problema dessa peça.
Só sei que erros assim me irritam muito.
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Luci Cobalchini
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19:45
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19 maio, 2008
GOT IT?
Da série "não estou em condições físicas e mentais para pensar em algo inteligente para escrever e essas imagens já são o suficiente para a semana".
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Luci Cobalchini
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21:58
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MAIS UMA
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Luci Cobalchini
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IN BED
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09 maio, 2008
FUTEBOL, SÓ EM RARAS OCASIÕES
Ok, sábado tem matéria minha sobre futebol no TV CINE, meu último TV CINE completinho...
Antes que eu comece a chorar, quero postar aqui um texto que não vai entrar na íntegra no programa. E com razão, o Domício pediu para que eu retirasse alguns trechos. É que, quando se trata de futebol, eu venho para avacalhar. E quando se trata do Inter.... eu me inspiro!
O INTER E OS INTERMINÁVEIS DOCUMENTÁRIOS
Aproveitando a boa fase do time e o fanatismo dos fãs, o Sport Club Internacional e a G7 Cinema lançam mais um documentário explorando as últimas vitórias do time: a conquista da até então desconhecida [até então é só para amenizar] Dubai Cup 2008.
Além de exaltar e vibrar com os gols do Inter, o torcedor também poderá conhecer Dubai, sua cultura, arquitetura e belezas naturais que servem de pano de fundo para os jogos.
Para os que não lembram, Gigante - como o Inter conquistou o mundo [até agora me pergunto a mesma coisa], o primeiro da saga colorada de títulos importantes [demorou, hein?], foi a segunda maior bilheteria de documentários do país em 2007 e o DVD mais vendido da história do Rio Grnade do Sul [as bilheterias brasileiras sempre me deprimiram, XUXA está ocupando as primeiras posições].
O novo filme, que ganhou o nome de Gigantes do deserto, foi direto para as locadoras no último dia 25 e já pode ser adquirido pelos bem intencionados torcedores [isso, comprem! comprem!]
No próximo ano, Centenário do Clube, existem planos de lançamento de 10 DVDs com os jogos mais importantes da história do clube [jura? tem material para 10 DVDs?] e de um longa-metragem sobre a data comemorativa. [Isso se antes não formos premiados com um filme da histórica vitória de mais um velho conhecido Gauchão. Sério? Não duvido.]
Pode paracer importante [deveria ser, na real]:
Direção: Diego de Godoy
Produção: Gustavo Ioschpe
Roteiro: Luís Augusto Fischer
Supervisor de edição: Giba Assis Brasil
Montagem: Alfredo Barros, Bruno Carvalho, Lúcio Born
Coordenação de produção/ Assistente de direção: Janaina Fischer
Assistente de produção: Marion Charlau
Diretor de fotografia: Eduardo Izquierdo
Edição de som e mixagem: Fernando Basso
Operador de câmera: Glauco Firpo
Eletricista: Guilherme Kroeff
Técnico de som direto: Rafael Rodrigues
Microfonista: Marcelo Calçada
Músicos: Jean Presser, Fernando Basso, Zé Ramos
Estúdio de áudio: Som de Cinema
Antes que eu comece a chorar, quero postar aqui um texto que não vai entrar na íntegra no programa. E com razão, o Domício pediu para que eu retirasse alguns trechos. É que, quando se trata de futebol, eu venho para avacalhar. E quando se trata do Inter.... eu me inspiro!
O INTER E OS INTERMINÁVEIS DOCUMENTÁRIOS
Aproveitando a boa fase do time e o fanatismo dos fãs, o Sport Club Internacional e a G7 Cinema lançam mais um documentário explorando as últimas vitórias do time: a conquista da até então desconhecida [até então é só para amenizar] Dubai Cup 2008.
Além de exaltar e vibrar com os gols do Inter, o torcedor também poderá conhecer Dubai, sua cultura, arquitetura e belezas naturais que servem de pano de fundo para os jogos.
Para os que não lembram, Gigante - como o Inter conquistou o mundo [até agora me pergunto a mesma coisa], o primeiro da saga colorada de títulos importantes [demorou, hein?], foi a segunda maior bilheteria de documentários do país em 2007 e o DVD mais vendido da história do Rio Grnade do Sul [as bilheterias brasileiras sempre me deprimiram, XUXA está ocupando as primeiras posições].
O novo filme, que ganhou o nome de Gigantes do deserto, foi direto para as locadoras no último dia 25 e já pode ser adquirido pelos bem intencionados torcedores [isso, comprem! comprem!]
No próximo ano, Centenário do Clube, existem planos de lançamento de 10 DVDs com os jogos mais importantes da história do clube [jura? tem material para 10 DVDs?] e de um longa-metragem sobre a data comemorativa. [Isso se antes não formos premiados com um filme da histórica vitória de mais um velho conhecido Gauchão. Sério? Não duvido.]
Pode paracer importante [deveria ser, na real]:
Direção: Diego de Godoy
Produção: Gustavo Ioschpe
Roteiro: Luís Augusto Fischer
Supervisor de edição: Giba Assis Brasil
Montagem: Alfredo Barros, Bruno Carvalho, Lúcio Born
Coordenação de produção/ Assistente de direção: Janaina Fischer
Assistente de produção: Marion Charlau
Diretor de fotografia: Eduardo Izquierdo
Edição de som e mixagem: Fernando Basso
Operador de câmera: Glauco Firpo
Eletricista: Guilherme Kroeff
Técnico de som direto: Rafael Rodrigues
Microfonista: Marcelo Calçada
Músicos: Jean Presser, Fernando Basso, Zé Ramos
Estúdio de áudio: Som de Cinema
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Luci Cobalchini
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05 maio, 2008
SUICÍDIO JÁ!
Se ontem eu postei o poema mais lindo da língua portuguesa, vamos do oposto hoje.
Céus!
SUICÍDIO JÁ!
Principalmente para a criaturinha que escreveu essa pérola:
"Claudinha Leitte adentrou um outro campo da criação artística humana e criou um poema dedicado à sobrinha, sendo o mais recente nome a se juntar a um espectro que compreende Gregório de Mattos (1633-1696), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e Manuel Bandeira (1886-1968) na produção histórica nacional."
PS:
1. Obrigado, Estela, pela descoberta!
2. Se necessário, Carpinejar está no post abaixo.
3. Nota mental - publicar poemas dos meus 12 anos, talvez dê uma grana.
Céus!
SUICÍDIO JÁ!
Principalmente para a criaturinha que escreveu essa pérola:
"Claudinha Leitte adentrou um outro campo da criação artística humana e criou um poema dedicado à sobrinha, sendo o mais recente nome a se juntar a um espectro que compreende Gregório de Mattos (1633-1696), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e Manuel Bandeira (1886-1968) na produção histórica nacional."
PS:
1. Obrigado, Estela, pela descoberta!
2. Se necessário, Carpinejar está no post abaixo.
3. Nota mental - publicar poemas dos meus 12 anos, talvez dê uma grana.
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Luci Cobalchini
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17:13
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LINDO E SINCERO
Ainda acho o poema em prosa mais lindo e sincero da língua portuguesa...
MEDO DE SE APAIXONAR – FABRÍCIO CARPINEJAR
Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.
MEDO DE SE APAIXONAR – FABRÍCIO CARPINEJAR
Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.
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01 maio, 2008
SE ALGUÉM ENCONTRAR
Alguma coisa interessante pelo caminho, diga para que ela volte.
Já faz um tempo que estou procurando.
E sigo procurando.
Já faz um tempo que estou procurando.
E sigo procurando.
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Luci Cobalchini
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