Tenho tanta coisa para postar no blog que estou reunindo asteriscos no meu bloquinho ao lado do computador. Mas nos últimos dias tem faltado ânimo e tempo. No caso de hoje à noite, faltou internet. Mentira, dava para ter escrito, não é desculpa. Mas a virtua é uma bosta de qualquer jeito. Não coloquem virtua, façam esse favor à sanidade mental que ainda vos resta.

Eu deveria estar riscando um dos asteriscos do bloquinho com esse post, mas não vou.
Terça eu assisti
Twilight. E eu preciso falar de Twilight.
Creio que não seja novidade para qualquer ser humano que me conheça que eu sou apaixonada por vampiros. Está aqui o post sobre
True Blood que não me deixa mentir. O porém é que Twilight é um filme adolescente. Confesso que os motivos iniciais que levaram-me ao cinema foram: pesquisa comportamental [querida Dijean], o
Robert Pattinson [que eu vi lá por junho pesquisando na
wgsn] e a Cacá [que ficou falando milhões de coisas depois de ver o filme].
E também confesso que os motivos que me fizeram sair do cinema querendo voltar são bem diferentes, com exceção do Pattinson e seus lábios roxos [lábios roxos são um tesão, inverno, neve e frio são tudo].

O roteiro é uma porcaria, você só sairá de lá satisfeito se nunca tiver passado os olhos por um Almodóvar, Kubrick, Fellini, Godard ou qualquer coisa que possa ser chamada de enredo. O Ralf me passou esse
link ontem e se você não quiser assistir ao filme mas quer saber do que se trata, vá direto nele, os 90 minutos restantes do enredo concentram-se em uma ameaça de beijo que nunca se concretiza. Talvez o problema todo nem esteja na adaptação, mas sim na história original de
Stephenie Meyer, mórmon que prega os bons costumes, a ausência de sexo e qualquer outra atração carnal. O que é um tanto imbecil já que a mocinha é uma completa submissa e o sangue, sem sombra de dúvida, remete à sexualidade [leiam o “roteiro” avacalhado-reduzido para entender melhor].
A atuação da Kristen Stewart e do Robert Pattinson também não são grandes coisas [assim como a de todo o resto do elenco] mas, no caso do Rob [querido, me liga?] isso não faz a menor diferença. E é agora que eu chego no ponto que me faz voltar ao cinema [e eu vou voltar]:
o vampiro. Não sei explicar, mas é irresistível.
E é agora que eu admito: ESTOU COM 16 ANOS. Vou comprar um poster e colocar no meu quarto. Já baixei a trilha do filme [que é muito boa e o Pattinson teria uma carreira promissora como vocalista] e vou ficar ouvindo no último volume em uma noite chuvosa enquanto meus olhos fechados sonham que eu sou Bella. Vou sair do cinema fofocando com as amigas sobre o “gatinho” [de novo]. Vou escrever o nome dele num caderninho dentro de um coração. Vou virar romântica. Serei sentimental. Sonharei com o amor eterno. Fingirei que a minha distância é desapego ao invés de timidez.
E vou arranjar muitas desculpas para a adolescência tardia.No mais, fiquem com ele.

Ainda não quero tirar o acento da minha idéia. Ou de qualquer outra palavra que não esteja de acordo com as novas normas da língua portuguesa. Sou nostálgica.